Vereador Kalito quer ferrar idoso que trabalha com reciclados para sustentar a família.
- resistencia horas
- 5 de out. de 2021
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COVARDIA
Em um ato de crueldade e covardia, vereador Kalito Stoeckel pede para fechar microempresa de um idoso que trabalha para mantém a família
Enrique Alliana / Jornalista
A equipe do Tribuna Popular foi conferir "in loco" a denúncia protocolada pelo vereador líder do prefeito na Câmara. Difícil não se emocionar diante de tanta covardia com uma pessoa humilde e trabalhadora que luta de sol a sol para manter a família.
O pequeno comércio de fundo de quintal é, na verdade, uma recicladora de ferro velho e lataria que funciona no mesmo terreno da casa do idoso Rogaciano Justino de Lima, um sexagenário calejado que trabalha desde a infância.
Morador de Foz do Iguaçu há 42 anos, ele vive próximo ao arroio Ouro Verde junto com a esposa, dois filhos e dois netos. Ele acorda com o cantar do galo e sai às ruas para catar lataria e pedaços de ferro para fazer a reciclagem em seu terreno.
Uma vez por mês a caminhoneta de uma empresa passa em sua casa e recolhe o produto que ele garantiu com tanto suor. "Eles passam aqui e levam o que eu faço com tanto sacrifício. Me pagam 60 centavos o quilo", diz Rogaciano.
Ao saber que seu ganha pão pode ser fechado a pedido do vereador, seu Rogaciano mostra sua preocupação. Com os olhos marejados e a voz embargada ele implora: "não podem fazer isso comigo. Eu não faço mal pra ninguém, dou duro o dia inteiro para manter a família. Se fecharem isso vamos viver do que?".
Para se locomover e catar os produtos recicláveis, Rogaciano tem uma bicicleta bastante surrada. Ela foi roubada há poucos dias, mas ele conseguiu recuperá-la.
Além de idoso, Rogaciano é doente crônico. "Tenho asma há muitos anos e dificuldades para respirar. Com uma parte do dinheiro que ganho aqui, compro remédios, porque muitas vezes não encontro no postinho de saúde", comenta ele observando a esposa e os netos.
Rogaciano volta a balançar a cabeça e comenta. "Tem muita coisa para eles fazerem. Falta segurança, falta emprego, falta saúde. Por que será que ficam preocupados com uma coisa tão pequena. Meu Deus do Céu, isso não é justo".
Não seguiu o bom exemplo
Diz um velho ditado que a fruta nunca cai longe do pé. No caso de Kalito Stoeckel esse ditado não foi cumprido. Sua mãe, a respeitada professora Maria Cezarina Stoeckel foi um exemplo de pessoa. Além de uma professora dedicada que ensinou milhares de alunos, foi uma alma boa que ajuda as pessoas, procurando sempre ser justa.
Seu filho Kalito não seguiu esse exemplo de pessoa maravilhosa. Deveria receber umas boas chineladas.



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