Resultados do Setembro Amarelo são apresentados no Dia Mundial da Saúde Mental
- RiqBiel
- 13 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Pesquisa feita com adolescentes mostra que quase 20% já tiveram ou ainda têm pensamentos suicidas; dados reforçam a importância de tratar o assunto de forma permanente

O mês destinado à valorização da vida e à prevenção do suicídio foi marcado por 148 ações, entre palestras, capacitações e rodas de conversa para alunos, professores, profissionais da saúde, forças armadas e órgãos de segurança. Os dados do Setembro Amarelo foram apresentados na segunda-feira (10) pela Diretoria de Saúde Mental durante uma cerimônia no auditório da Uniamérica, na Vila Yolanda. O evento, que reuniu organizadores e parceiros da campanha, marcou também o Dia Mundial da Saúde Mental.
Conforme o relatório apresentado pela Secretaria da Saúde, foram 127 rodas de conversa em 23 colégios estaduais, envolvendo cerca de 1.500 estudantes. A campanha também atendeu pessoas privadas de liberdade nas penitenciárias de Foz do Iguaçu, servidores do DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional), Guarda Municipal, Polícia Militar, equipes do CENSE (Centro de Socioeducação) além do Exército, Marinha, e Aeronáutica.
Pesquisa
Uma pesquisa realizada pela Diretoria de Saúde Mental com alunos dos colégios estaduais também foi apresentada durante o evento.
Dos 987 adolescentes que responderam ao questionário, 196 (19,8%) declararam que têm ou já tiveram pensamentos suicidas. Os dados reforçam a necessidade de manter o tema em evidência ao longo do ano. “Muitos desses jovens sofrem calados e só são reconhecidos quando já ocorre uma tentativa e às vezes é tarde demais. Por isso a necessidade de tratar do assunto de forma contínua, assim como de manter o acesso facilitado aos equipamentos de saúde mental em parceria com os colégios” afirma Antônio Batista Santana Júnior, coordenador dos equipamentos de saúde mental.
Para Claudia Souza dos Santos, coordenadora da UAI (Unidade de Acolhimento Infantil), o Setembro Amarelo vem ressaltar a força da rede de atenção psicossocial e o papel de todos (as) enquanto sociedade na luta pela vida. “O Setembro Amarelo é quando nos unimos com um único objetivo: salvar vidas. Uma palavra, um gesto, ouvir, se colocar no lugar do outro e principalmente, nos despirmos dos pré-conceitos para conseguirmos acolher o outro, acolher a sua dor. Que possamos levar um pouquinho do mês de setembro cada dia dos demais meses do ano, até setembro do ano que vem”, disse.
A secretária da saúde, Jaqueline Tontini, participou da cerimônia e ressaltou a necessidade de campanhas permanentes, além da capacitação aos servidores da saúde, segurança e educação, principalmente. “A OMS considera que a pandemia criou uma crise global na saúde mental e estima que houve um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão, só em 2020. Por isso precisamos falar e buscar ajuda sempre que necessário”, pontuou.
Presenças
A cerimônia contou também com a presença da diretora de saúde mental, Renata Carvalho; do guarda municipal Everson Cadaval, representando o secretário de segurança Marcos Antônio Jankhe; Jocemara Muller, coordenadora do Núcleo Regional de Educação; Andrielly Baier, coordenadora da promoção em Saúde Mental; Daniela Dal Toe, representando a diretoria da APS; Joseni Fagundes, representando o COMUD e a Câmara Técnica da RAPS e Diego Rodrigues, da Polícia Penal.
O Setembro Amarelo teve apoio do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (COMUD), Conselho Regional de Psicologia (CRP), Centro de Valorização da Vida (CVV), Câmara Técnica da Rede de Atenção Psicossocial, Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Federal, Unila, Unioeste, UDC, Uniamérica, Sagrada Família, Associação Fraternidade Aliança (AFA) e Conselho Tutelar.
Fonte: PMFI
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