O Retrato da atual Gestão: Foz do Iguaçu e Seus 111 Anos de Esperança

Hoje, Foz do Iguaçu celebra 111 anos de história. Uma data emblemática, que poderia ser marcada por celebrações e otimismo, mas que em vez disso encontra parte da população olhando com preocupação para os rumos da cidade. À frente do Executivo municipal, um nome respeitado nas Forças Armadas — o General Silva e Luna — representa, para muitos, mais uma aposta em um “forasteiro” que ainda não compreendeu as engrenagens emocionais, históricas e políticas que fazem Foz funcionar.

É importante frisar: não se duvida da boa intenção do prefeito. Ninguém abandona uma carreira consolidada ou deixa o conforto da aposentadoria para servir ao público com o desejo de fracassar. O problema, como Foz já viu nos tempos de Reni Pereira e do doutor Daijó, é que boa vontade sozinha não basta. Governar Foz do Iguaçu exige mais do que técnica e disciplina militar; exige escuta, sensibilidade política e conexão com a alma da cidade.

O maior erro da atual gestão é o isolamento. O prefeito parece evitar qualquer aproximação com figuras tradicionais da política local, por receio de cair em “negociatas”. Mas há uma diferença entre ceder à velha política e ouvir quem ajudou a construir esta cidade. O que falta não é comando — é diálogo.

General, se o senhor quer acertar, comece pelo básico: almoce em um sábado no Clube da Feiju, onde nomes históricos da cidade ainda trocam ideias sobre o futuro. Reserve uma terça-feira para almoçar com figuras que representam a cidade, ouvindo os bastidores da política local contados por quem os viveu. E, como tantos prefeitos bem-sucedidos antes do senhor, tome um café da manhã com o seu Moura, no Hotel Moura, onde se ouvem conselhos que não se compram com cargos, mas que valem ouro em governabilidade.

Foz não precisa de um herói; precisa de um gestor disposto a ouvir, corrigir rumos e caminhar junto com quem, há décadas, sonha com uma cidade mais justa, moderna e integrada. E nós, do Resistência 24 Horas, estamos aqui para ajudar. Para dialogar, propor e cobrar, como cidadãos que amam essa cidade e acreditam que ela pode — e deve — dar certo.

O sucesso do prefeito será, também, o sucesso de Foz do Iguaçu. E é isso que todos nós desejamos neste aniversário: que os próximos anos sejam de escuta, união e progresso verdadeiro.