Vitorassi age na surdina para voltar o Consórcio Sorriso e ônibus sem ar.
- resistencia horas
- 21 de mar. de 2022
- 3 min de leitura

Por Tribuna Popular
Áudios enviados para advogado vazam e colocam Vitorassi em maus lençóis agindo para sabotar as mudanças no transporte
Dilto Vitorassi acaba de ser desmascarado tentando sabotar as mudanças no sistema de transporte coletivo. As provas são vários áudios vazados, que teriam sido enviados para um advogado. Vitorassi usa o Sindicato para se propor a intermediar negociatas com empresários a fim de provocar o retorno do Consórcio Sorriso, autorizando ainda uma parte dos ônibus sem ar condicionado, além de onerar a prefeitura a subsidiar mais que o dobro do valor da tarifa – o que irá gerar aos cofres públicos uma despesa de aproximadamente R$ 40 milhões por ano. Nas falas, o sindicalista também revela que a empresa contratada emergencialmente para operar até que seja realizada nova licitação seria um acerto entre grupo econômico e gestores da prefeitura. Revela que eram esperadas no mínimo 10 empresas concorrentes, porém fizeram um chamamento emergencial em que ajustaram para aparecerem só duas. Vitorassi quer aproveitar que a Viação Santa Clara, está gerando inúmeras reclamações e revolta dos usuários para ameaçar entrar na justiça e anular todo o processo. Em um dos áudios, Vitorassi afirma: "Posso estar falando de uma empresa que não conheço a fundo, mas é uma empresa que já foi excluída em outro lugar. O próprio José Elias – que em meio a turbulência do processo pediu demissão na prefeitura - confessou que esperavam umas dez empresas vir concorrer ao certame. Vieram duas: uma com problema e outra que está denunciada”. Negociata com os empresários Na conversa vazada, o sindicalista aparece usando a influencia de dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em transporte para intermediar uma negociata, ajeitar o retorno do Consórcio Sorriso e sabotar a tentativa da prefeitura fazer nova licitação. “Agora fala-se em até municipalização do sistema de transporte. Será que é preciso tudo isso?, questiona. Na sequencia, Vitorassi propõe: “Ofereça 8,33 (reais por quilômetro rodado) para os atuais empresários dos ônibus que rodarem com ar-condicionado e 7,92 para os empresários que rodarem sem. A quantia de quilômetros a ser colocada, é a prefeitura que decide. A tarifa passa toda para o poder público municipal e eles pagam por km rodado”. No mesmo áudio, o sindicalista completa: “Dentro deste recurso (valores) eu consigo negociar com os empresários. Primeiro, que pague o salário correto conforme eles assinaram. Dentro desse salário correto eles tem que assinar o plus - honrar os compromissos passados, nem que para a Balan ela pague cerca de 10% ao mês e a outra paga 5% ao mês. E aí até terminar o contrato está todos os trabalhadores ressarcidos do prejuízo que tiveram”. Vitorassi ainda defende na fala que “é menos oneroso do que essas parafernalhas que estão querendo inventar. Essa empresa de fora, eu já cheguei a conclusão que ela, com todo o respeito que tenho, trará problemas para cidade". Em áudio seguinte, o sindicalista insiste: "Faça um estudo minucioso com o advogado e eu chamo uma assembleia (dos trabalhadores) Hoje tem clima para eles me autorizarem da gente atravessar uma petição como terceira parte interessada. E com isso pedir ao juiz que anule todo esse processo”. E reforça a ideia: “Que mantenha as empresas que estavam e que a prefeitura pague aquilo que ela propôs às outras, em que a 1ª a 2ª foram contempladas - a 1ª a R$ 8,33 (por km rodado) com ar condicionado e R$ 7,92 sem. Enquanto tiverem operando sem ar, vocês são obrigados a operar por esse valor. E a quilometragem quem determina a necessidade é a prefeitura”. Vitorassi finaliza: “Entrar com uma cautelar no sindicato como 3ª parte interessada, porque dizer ‘vocês vão embora’ não há garantia que vão pagar, vai dar instabilidade no setor e outras séries de coisa. E tudo que a prefeitura pretende é fazer negociata com esse tipo de coisa, mas não vão chegar a lugar nenhum”.
Comments