Explosão em Quatro Barras: Laudo da Polícia Científica do Paraná é concluído
- resistencia horas
- 15 de set.
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A Polícia Científica do Paraná (PCIPR) concluiu em 19 dias o laudo que identificou as prováveis causas da explosão na planta da empresa Enaex Brasil, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. O documento foi elaborado por peritos criminais e reúne análises técnicas, hipóteses de cenários e recomendações para o setor industrial. Porém, foi divulgado apenas neste domingo dia 14 pela SESP, Secretária de Segurança Pública do Paraná.
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Segundo a PCIPR, a baixa temperatura registrada no dia do acidente — cerca de 3 °C no momento da explosão — pode ter contribuído para o incidente. O frio intenso teria favorecido a solidificação do pentolite (mistura de TNT e nitropenta), utilizado no carregamento dos busters. Ao colidir com as bases dos agitadores, o material pode ter provocado a detonação.
“É um trabalho complexo, que foge da análise tradicional da perícia. Por isso aplicamos o método RCA (Root Cause Analysis), que avalia todos os fatores que contribuíram para o acidente — clima, tempo, equipamentos e operação — semelhante ao que se faz em acidentes aéreos”, explicou o perito oficial da PCIPR, Jerry Gandin.
Processo industrial e falhas de segurança
A fábrica produzia pentolite, um explosivo que exige controle rigoroso de temperatura. O sistema de segurança aciona alarmes quando o calor ultrapassa 105 °C, mas não há mecanismos automáticos para evitar operação abaixo de 50 °C — cenário que, segundo os peritos, pode ter contribuído para o acidente.
Tragédia deixou nove mortos
A explosão ocorreu às 6h do dia 12 de agosto na planta de acessórios de iniciação da unidade da Enaex em Quatro Barras. O acidente deixou nove mortos e sete feridos.



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