Após 10 lances, Canal do Porto de Paranaguá será operado por consórcio que investirá R$ 1,23 bilhão
- Enrique Ferreira
- 23 de out.
- 2 min de leitura
Grupo CCGD, formado pela brasileira FTS e o grupo belga DEME, venceu a disputa na Bolsa de Valores e será responsável pelas obras de ampliação e manutenção do canal aquaviário pelos próximos 25 anos. Principal mudança é a elevação do calado de 13,3 metros para 15,5 metros, o que permitirá a atracação das maiores embarcações que operam na costa brasileira.

O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD), formado pela brasileira FTS e pelo grupo belga DEME, venceu o leilão inédito do Canal de Acesso ao Porto de Paranaguá, realizado nesta quarta-feira (22) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). A concessão é a primeira do tipo no Brasil e marca o início de um modelo pioneiro de gestão de canais aquaviários que dão acesso a portos públicos. O contrato de 25 anos prevê R$ 1,23 bilhão em investimentos para ampliar e manter o canal, cuja profundidade passará de 13,3 metros para 15,5 metros.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior, que acompanhhou o leilão na B3, destacou que o resultado marca mais uma etapa do planejamento estratégico iniciado em 2019 para consolidar o Paraná como o principal hub logístico da América do Sul. Ele lembrou que o Estado está em uma região que concentra 70% do PIB do continente e que, por isso, tem investido em todos os modais de transporte para fortalecer sua infraestrutura.
“Desde o início da nossa gestão, traçamos o objetivo de transformar o Paraná na central logística da América do Sul. Por isso, estruturamos o maior pacote de concessões rodoviárias do País, modernizamos os aeroportos e fizemos um grande planejamento para os nossos portos. Hoje, o Porto de Paranaguá chega à Bolsa de Valores como o mais eficiente do Brasil por seis anos consecutivos, alcançando 70 milhões de toneladas movimentadas, bem acima das metas definidas pela União”, afirmou Ratinho Junior.
Ele ressaltou que as obras estruturantes em andamento no Porto de Paranaguá, como o novo Moegão ferroviário e o futuro Píer em T, vão ampliar significativamente a sua capacidade operacional. “Com o Moegão, aumentaremos em 35% a movimentação de cargas, e com o novo píer teremos quatro berços adicionais e o maior corredor de transporte via correia do mundo”, disse o governador.
“Agora, com o canal de acesso, vamos aumentar ainda mais a capacidade de movimentação de cargas, além de reduzir em 12% o custo para os usuários. É a prova de que o nosso planejamento deu certo e colocou o Paraná na vanguarda da infraestrutura brasileira”, concluiu Ratinho Junior.
Na avaliação do secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o aumento do calado e a redução da tarifa vão garantir uma logística mais eficiente e competitiva. “O leilão é uma vitória dos paranaenses, porque o Porto de Paranaguá representa o resultado da riqueza gerada em todo o Estado. Estamos preparando o porto para um novo patamar de movimentação, com custos menores e mais benefícios para quem produz e exporta pelo Paraná”, pontuou.



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